* Barramentos
Como foi visto em tutoriais anteriores o conhecimento básico sobre algumas partes fundamentais de computadores, começaremos a partir deste tutorial a detalhar informações mais especializadas sobre os diversos assuntos de montagem e manutenção de PC.
Como já informado no tutorial décimo segundo, barramentos é basicamente um conjunto de sinais digitais com os quais o processador se comunica com o seu exterior, ou seja, estabelece uma comunicação com os chips da placa mãe, e demais periféricos.
O barramento pode ser considerado como um caminho de comunicação entre os mais diversos periféricos do computador.
O chamado barramento também é conhecido como Bus e possui como características possuir linhas metálicas que são impressas na placa mãe, conduzindo informações entre a CPU e as placas diversas. Esta velocidade de tempo de transferência de dados e media em Mhz e pela capacidade de transferência em bits.
* Barramento ISA
O barramento ISA (Industry Standard Architecture) foi o primeiro tipo de barramento de expansão a ser criado.
Nos slots criados é possível conectar quaisquer placas do tipo ISA.
A taxa de transferência máxima que este barramento consegue trabalhar é de 08 MB/s.
Historicamente analisando, a IBM nunca definiu uma especificação segura do barramento do PC em relação a detalhes técnicos mais aprofundados. É claro, por não ter estes detalhes técnicos era pouco provável que os projetistas de adaptadores pudessem garantir que suas placas fossem funcionar em todos os sistemas no formato PC. Diante deste quadro, a Intel começou a se mover no mercado no sentido de obter algo do tipo clone, e esta especificação ou tipo de barramento foi usado no PC-AT, criado conforme os fabricantes de clones deduziram ser a que IBM trabalhava para PC. Assim, surgiu então o ISA, a partir desta data a IBM não detinha mais a arquitetura do PC sobre seu controle total.
O primeiro PC e PC-XT tinham barramento que podiam transportar 8 bits de dados por vez. Em 1984 a IBM colocou no PC-AT um slot de expansão estendida, para poder enviar 16 bits por vez. Na prática a velocidade no barramento gira em torno de 2,5 MB/s.
Os slots de expansão ISA têm a vantagem de aceitar a conexão de adaptadores antigos com velocidade de 08 bits. Estas placas antigas utilizam uma espécie de subdivisão do slot ISA.
A partir do PC-AT, começou a ficar caracterizado quem iria ditar as regras desse novo cenário, e neste mercado o barramento ISA foi projetado para usar Intel 80286.
Apesar de ser antigo o barramento ISA continua em uso mesmo nas placas mãe mais recentes, porém trabalhando em conjunto com outros barramentos melhores. Em termos de desempenho, as placas periféricas que trabalham neste slot não sofrem queda de desempenho, por exemplo, uma placa de fax-modem pode operar tranquilamente no barramento ISA, pois a transmissão de dados através de uma linha telefônica é mais lenta que o clock do slot ISA.
Observe abaixo um slot ISA:
Ilustração de uma placa mãe com slot ISA:
Esquema de funcionamento do ISA:
* Barramento AMR, ACR e CNR
Várias placas de CPU mais recentes possuem conectores que possibilitam a instalação de um riser card, são os chamados de slots AMR. CNR e ACR. O riser card é uma placa especial que tem por objetivo principal reduzir custos. A idéia é de dividir funções ficando uma parte digital que fica no chipset e outra parte que tem características mais analógicas e fica no próprio riser card. A comunicação entre o chipset na placa mãe e o riser card é realizada no formato serial, usando o número de pinos adequado.
O primeiro padrão destes barramentos que foi criado foi o AMR (Audio Modem Riser).
Este barramento tinha como função ser usado para circuitos de som e modem. Para fazer uso destas placas é preciso ter no chipset da placa mãe, os circuitos de áudio do tipo AC’97 e de modem MC’97.
Vários chipsets modernos possuem tais circuitos. Os circuitos de som AC’97 são muito simples, mas com boa qualidade. Os circuitos MC’97 são similares aos existentes nos softwares de modens. A parte digital desses dispositivos fica localizada no chipset, e a parte analógica fica em uma placa de expansão AMR, que deve ser “plugado” e instalado no slot correto.
Observe a figura de um slot AMR:
Veja a figura de um dispositivo AMR:
- Slot ACR
O slot no formato padrão ACR, foi idealizado e promovido pela AMD e outros fabricantes de modens e produtos de comunicação. Este formato CMR é compatível com o AMR, e também oferece funções de serviços de rede, USB e comunicação em banda larga.
Este slot ACR possui mais pinos, e é muito parecido com o slot PCI, porém com uma fixação mecânica totalmente diferente.
Na figura abaixo temos uma placa ACR. É bem parecida com uma placa PCI, porém não possibilidade de ser encaixada em um slot PCI.
Note que o conector é ligeiramente deslocado para a parte traseira do gabinete, o que impossibilita o encaixe de placas ACR em slots PCI, e vice-versa. A localização do conector ACR na placa de CPU é a mesma do conector CNR, ou seja, à esquerda dos slots PCI.
Observe a figura de uma placa ACR:
Observe o slot ACR é muito parecido com PCI
A idéia básica central do ACR é a mesma do AMR, ou seja, fazer interfaces simples, com a parte digital localizada no chipset e a parte analógica localizada no riser card.
- Slot CNR
Temos também um outro padrão, com estes mesmos formatos que é o CNR (Communications Network Riser).
O tipo de slot é igual ao usado pelo padrão AMR. Neste slot é possível instalar riser cards com funções de rede, áudio e modem.
As placas AMR e CNR têm formatos semelhantes, como a que vemos na figura abaixo.
Veja uma placa de rede e áudio do tipo CNR:
Portanto o CNR é um padrão similar ao AMR, porém suporta funções de rede. Existe uma diferença entre as localizações dos slots AMR e CNR. Normalmente as placas de CPU possuem um ou outro tipo, mas não ambas.
É possível deduzir que usar uma placa AMR ou CNR é o mesmo que utilizar uma placa de som simples, ou um software modem, ou uma placa de rede comum. Existem vários tipos de riser card: modem, áudio, áudio+modem, áudio+rede, modem+rede, modem+áudio+USB, etc.
Note ainda que as maiorias das placas de CPU com som onboard, utilizam os circuitos de áudio AC’97. Ao invés de utilizarem um riser card, os fabricantes acrescentam na própria placa de CPU os circuitos que estariam no riser card de áudio, e usam os tradicionais conectores de áudio na parte traseira da placa de CPU. Desta forma o áudio AC’97 pode ser utilizado, sem que seja preciso instalar um riser card.
Nos próximas lições veremos mais sobre montagem e configuração de PC. Até a próxima.
0 comentários:
Postar um comentário